(Foto: Interativa FM 87)
O Coritiba terá eleições para presidente ainda neste ano. O pleito era para ocorrer em 2023, mas foi adiado após decisões judiciais. No momento, há duas chapas, ambas se posicionando como oposição à atual diretoria. Mas em um ponto elas convergem: a prioridade é fiscalizar e cobrar a Treecorp, empresa que detém 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. Os outros 10% pertencem à Coritiba Associação, que tem direito a uma cadeira no Conselho de Administração da SAF – atualmente, ocupada pelo ex-presidente coxa-branca Vilson Ribeiro de Andrade.
Um dos grupos, o Coritiba Independente, tem o conselheiro Júnior Emerson Zarur como candidato a presidente. Junto com ele estão Henrique Bortolotti de Castro, Jefferson do Carmo Bruckheimer, Marcelo de Souza Teixeira e Marlus de Oliveira. Para Zarur, a Coritiba Associação tem 10%, mas representa muito mais. “Representam a nação coxa-branca, toda a torcida, que é 1,5 milhão de pessoas”, disse ele, em entrevista à rádio CBN. “Nosso papel é de fiscalização e cobrança na gestão de futebol. Queremos esse canal entre a nação coxa-branca, o G5 e a SAF”.
O outro grupo, o Eternamente Coxa, é comandado pela advogada Marianna Libano de Souza, que ainda tem Daniel Ferreira, Guilherme Stival, Luiz Carlos Betenheuser Júnior e Luiz Henrique Barbosa Jorge, o Espeto. “A situação que a atual gestão deixou o clube, permanecendo a associação com 10% da gestão, não vai ser um caminho fácil. Por isso temos muita confiança na pessoa que vamos indicar para a SAF”, afirmou Mariana, em entrevista à CBN. “O futebol e o dia-a-dia acontecem aqui, não lá. No mínimo, uma cobrança realmente forte, fiscalização direta e muita transparecia com a torcida coxa-branca”.
As duas chapas criticaram a atuação da Treecorp até agora no clube. “A Treecorp, que é uma gestora de um fundo de investimentos. Não é a dona do Coritiba. Não tem nenhuma expertise em futebol. Não digo que houve erro, porque SAF todos vão virar. O que realmente houve na Treecorp é que eles nos venderam sonhos. Milhares de sonhos”, disse Júnior Zarur, que admitiu ter votado a favor da venda do clube – assim como 95% dos conselheiros, segundo ele. “A SAF não deu resultado em campo. Temos o segundo elenco mais caro da Série B, mas ficamos em 12º lugar. É vergonhoso”, afirmou, à CBN. “A Treecorp mostrou que não entende de futebol, mas tem que entender de contratar quem entende. Não deram resultado em 2023, em 2024… um bom planejamento de 2025 tem que ser regra”.
Marianna Libano ainda criticou o processo de venda. “Algumas pessoas se assustaram com o terrorismo que foi feito na época da venda. Não fui uma dessas pessoas. Eu era contrária à venda. Nosso clube vem de uma situação financeira e administrativa difícil, já era sabido. A gente entendia o momento do Coritiba e via com muita preocupação. Se tivéssemos assumido naquele momento, nunca teríamos tido esse desfecho como única solução. Tenho consciência da minha posição”, disse ela, à CBN. “Nesse momento não fazem um bom trabalho no futebol. Administrativamente, creio que esteja melhorando, mas também tem muitos pontos a serem melhorados. Estamos nos colocando à disposição para alavancar o Coritiba”.
A eleição
Em 27 de dezembro, uma das chapas será eleita para o Conselho Administrativo, composto por cinco nomes. Também serão eleitos integrantes do Conselho Deliberativo. A eleição será das 10 às 16 horas. A gestão assume no próximo triênio (2025/2027).
Fonte: Bem Paraná
